segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A bolha da construção civil no Brasil

A bolha da construção civil consistiria em um comportamento de mercado isolado, com prática de preços abusivos, muito acima de um preço médio razoável, resultando na quebra desses preços em um futuro próprio com prejuízo para as construtoras, bancos, compradores, enfim todos os envolvidos. Esta especulação existe, pois alguns especialistas tomam como base o que aconteceu nos Estados Unidos nos anos de 2007 e 2008, situação na qual o crédito excessivo e deliberado dos bancos mais especulações fizeram com que os credores não conseguissem arcar com as dívidas e que os valores dos imóveis caíssem absurdamente. Quem tinha imóveis como garantia e como patrimônio acabou endividado, e os imóveis tomados pelos bancos em último caso não tinham valor de mercado, resultando em oferta sem procura.

Bolha da Construção Civil


A opinião dos especialistas divide-se entre os que acreditam na bolha e nos que afirmam que esta seja apenas especulação. Aqueles que acreditam na bolha afirmam que a supervalorização dos imóveis nos últimos anos, principalmente nas grandes cidades, chegou a um ponto insustentável. A facilidade de crédito para pessoas de baixa renda aumenta o risco de as mesmas não conseguirem arcar com as parcelas do financiamento no futuro. A falta de espaço para construir nos grandes centros. O excesso de novos lançamentos, que muitas vezes geram prédios em que poucas famílias habitam. A quebra de muitas grandes construtoras devido ao mau planejamento e o uso de empréstimos e recursos que não tem garantia de serem pagos.

Já os que não acreditam na bolha, alegam o alto índice de emprego no Brasil e a boa fase da economia como pontos altos. Sendo assim, o crédito imobiliário é muito mais baixo que o PIB, não criando chances para uma possível bolha. Há uma quantidade enorme de pessoas que não têm moradia no país. A grande disponibilidade de terrenos para construção no país, inclusive nos grandes centros. A única opção em que esses especialistas acreditam seria a de bolhas locais, o que não afetaria o mercado imobiliário nacional, tendo em mente o tamanho do Brasil e suas diferenças econômicas e sociais.

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